
Essa é para quem curte o casal mais amado de Dragon Ball. Essa fanfic escrevi com uma amiga, Ana Alice Algarves, para um desafio que ela participou. Espero que curtam. A publicação vai ser tal como foi escrita há 6 anos. Não mexi no enredo. De antemão digo que Dragon Ball e seus personagens não me pertencem, mas são de propriedade intelectual de seus respectivos autores. Não
tenho interesse de lucrar financeiramente com esta história.
O caso da Separação
Eram seis horas da manhã e naquele dia acordara mais cedo do que de
costume. Rolava em meios aos lençóis a procura do marido, mas havia algo
errado, ele não estava lá: “Onde será que ele se meteu?” pensava enquanto se
levantava da cama colocando um robe e calçando as pantufas. Saiu do quarto e
desceu pelas escadas, estava sem paciência de aguardar o elevador, quando
chegou ao térreo foi em direção a sala de treinamento, o marido só podia está
lá. E não foi surpresa quando constatou que ele realmente estava lá, desligou a
gravidade fazendo com que o sayajin parasse o treino e pegou o microfone.
— VEGETA – gritou Bulma chamando a atenção do marido – o que está fazendo
aí?
— Não me importune, mulher. Não vê que eu estou treinando?
— Deixa de ser grosso, isso não é hora de está treinando.
— O que você sabe? Não vê que eu tenho que ser o mais forte de todos,
será que você não entende? – Vegeta suspirou e continuou – Kakaroto e o filho
dele são mais fortes do que eu. E isso é uma humilhação muito grande para o
Príncipe Sayajin.
— Que importância tem isso? Goku nem está mais vivo.
— Mas você sabe que ele continua treinando lá no outro mundo... Maldito!
Ele e o filho... como pode dois sayajins de terceira classe ser mais forte do
que eu?
— Ai, Vegeta, deixa de besteira e vamos voltar para a cama.
— Hunf! Você só pensa nessas coisas mulher.
— Você é meu marido, eu tenho que pensar nessas coisas, principalmente
por que eu penso em fazer com você.
— Grrr... não me amole e me deixe treinando.
— Quer saber de uma coisa? Eu desisto, faça o que você quiser – disse já
saindo.
— Onde você pensa que vai? Ligue a gravidade da sala – gritou em vão,
visto que Bulma já havia saído. – ai, que garota irritante – disse indo até o
painel dentro da sala que também ligava a gravidade e voltou ao treinamento.
***
Já eram nove da manhã e família Briefs tomava café, todos estavam lá,
menos Vegeta que continuava treinando.
— Bulminha, querida – chamou a Srª Briefs – onde está Vegetazinho?
— A senhora ainda pergunta mamãe – disse Bulma triste enquanto colocava
açúcar no café e mexia – está fazendo a coisa mais importante da vida dele:
treinando.
— Ai Bulminha, pensa pelo lado positivo: seu marido vai ficar mais lindo
do que já é.
— Mamãe, a senhora tem cada ideia – disse ainda triste.
Ela tomou o café e imediatamente se levantou.
— Filhinha, você nem tomou café direito – disse o Sr. Brief.
— Vou ver meu filho – disse já subindo.
— Ai querido, Bulminha é uma mãe tão dedicada, estou muito orgulhosa dela
– disse a Srª Brief.
***
Vegeta naquele dia treinou até as onze horas, só parou quando viu que
estava com tanta fome que não iria conseguir mais treinar. Comeu bastante, os
sayajins tinham um apetite infinito. Ele parou um pouco para pensar, e sentiu—se
culpado por ter brigado com a esposa. Vegeta respirou fundo, e resolveu
procurar a esposa. Ele sentia—se um pouco humilhado em ter que ir atrás dela,
mas sabia que era mais forte do que ele. Quando estava chegando no quarto dos
dois, percebeu que a esposa não estava sozinha, ela estava com uma amiga e as
duas conversavam sobre ele, o orgulhoso sayajin não resistiu e resolveu ouvir a
conversa das duas.
— Ai amiga, eu não entendo o Vegeta, sabe? – disse Bulma em tom meio
triste respirando fundo – ele parece que não se importa comigo, às vezes tenho
a impressão que de que ele não me ama, vive comigo por comodidade.
— Não fala assim, você é linda, que homem não gostaria de ter você como
mulher.
— Não sei, ando muito triste. Não estou feliz com o rumo que meu
relacionamento com o Vegeta está tomando. Ele não me dar atenção que eu quero.
Só quer treinar, treinar e treinar...
— Você já pensou naquilo que eu te falei no outro dia que conversamos.
— É como eu te falei, eu até gostaria, o problema é que acho que não
estou preparada para uma separação.
“Separação? Ela está pensando em se separar de mim?” pensou o sayajin
enquanto continuava a ouvir a conversa.
— No começo você vai sofrer um pouco, mas depois acostuma.
— Não sei – respirou fundo Bulma.
— Mas você tem que pensar um pouco em você mesma, vai se bom para você. A
não ser que você queira viver nesse casamento infeliz.
— E se Vegeta não aceitar?
— Ele vai aceita, você vai vê.
— Não sei, Vegeta é uma incógnita.
— Ele vai ver que vai ser bom para os dois.
Vegeta não conseguiu terminar de ouvir a conversa: “Eu não acredito que
ela está pensando em se separar de mim. Eu tenho que fazer alguma coisa, ela
não vai se separar de mim de jeito nenhum”. O orgulhoso sayajin saiu vagando
pelas ruas, sentiu—se deprimido e muito mal com tudo que estava acontecendo:
“Talvez a separação seja a melhor coisa mesmo, assim eu volto a viajar pelo
universo, como fazia antes com Radittz e Nappa, sem me apega a nada e a ninguém”.
Ele vagava as ruas, estavam bastante movimentadas, muitas pessoas fazendo
compras, marido com a esposa e os filhos: “Aff! Vegeta você não nasceu para
isso, você é o Príncipe dos Sayajins, os seres mais perversos do universo...
Por que eu me importo tanto com ela e com aquele garoto”.
***
— Minha filha, nós te damos total apoio em tudo que você for fazer –
disse Dr. Briefs – se você acha que é o melhor a se fazer nesse momento.
— Papai, eu não queria que fosse agora, ainda mais com o Trunks tão pequeno,
mas é a minha felicidade que está em jogo. Quando Vegeta sair do treino nós
conversaremos.
— Mas Vegeta não está treinando, aliás, eu não o vi hoje.
— Ah isso não importa, ele já bem grandinho e bem fortinho, já sabe se
virar sozinho. Agora eu vou tomar um banho e cuidar do meu filho – disse dando—lhe
um beijo na bochecha – Papai, eu queria que você e a mamãe ficassem com o
Trunks mais tarde, eu vou sair, mas vou ficar fora mais ou menos duas horas .
— Ok, filhinha!
— Obrigada papai, vou lá vê meu filho.
***
Vegeta não conseguia parar de pensar na esposa e no filho, estava
decidido, não iria abrir mão deles. Não conseguia viver sem os dois. Depois de
muito vagar pela cidade, ele voltou para casa, mas para sua surpresa, ela
estava saindo com aquela mesma amiga que conversaram logo de manhã: “Para onde
elas vão? Quer saber de uma coisa eu vou atrás delas... não vou perder minha
mulher assim tão fácil”.
Vegeta as seguiram, elas foram a um restaurante e lá conversavam com dois
rapazes: “seria um encontro?”. O homem mostrava alguns papéis para ela. Ele não
entendia o que estava acontecendo, ele viu um homem que iria saindo do
restaurante e fez uma pergunta:
— Ei, quando sua esposa pensa em separação e vai se encontrar com um
homem que lhe mostra um monte de papéis o que quer dizer?
— Prepare—se que ai vem chumbo grosso! Ela está falando com um advogado
meu camarada, ela vai se separar de você e vai te deixar na rua da amargura.
— Não pode ser!
— Meus pêsames – disse o homem – mas se você quiser, eu também sou
advogado, posso...
Vegeta não esperou ele completar e saiu imediatamente. “Isso não pode
está acontecendo, Bulma além de querer me deixar, ainda vai me deixar na rua. O
que está acontecendo com ela?”. Vegeta continuou observando de longe, depois as
duas saíram e de lá foram para uma loja, onde Vegeta viu sua esposa comprar
umas malas: “Para quê ela quer essas malas? Então é sério mesmo... ela vai
embora”.
Uma dor e uma imensa tristeza tomaram conta do sayajin, de um jeito que
ele jamais imaginou, nem mesmo ele sabia que se importava tanto assim com a
esposa e com o filho. Ele voou pela cidade, com quem não tivesse rumo, aliás,
ele estava sem rumo. Mas ela não podia deixá—lo, não dessa maneira, não sem
antes ele ter lutado. Ele faria tudo que tivesse ao seu alcance para que ela
não o deixasse. Vegeta se levantou e imediatamente foi para casa.
****
Já passava das sete da noite quando chegou em casa, subiu para o quarto
sem dar uma palavra com ninguém, quando chega lá vu uma cena que não acredita:
Bulma arrumando as malas.
— Para onde você pensa que vai?
— Bem, eu já ia conversar com você sobre isso.
— E minha resposta é não.
— Mas você nem sabe o que vou dizer.
— Sei sim, eu ouvi toda a sua conversa com sua amiga.
— Você andou me espionando? Com que direito?
— Você não vai se separar de mim.
— Eu separar de você? De onde você tirou isso?
— Eu ouvi sua conversa com sua amiga hoje de manhã, depois você procurou
um advogado para oficializar toda a papelada e por fim comprou as malas. Não
adianta mentir.
— Está havendo algum mal entendido... meu Kame, de onde você tirou essa
ideia de separação?
— Ela perguntou se você já tinha pensado naquilo e você disse que não
estava preparada para a separação, mas depois ela acabou te convencendo.
Bulma começou a sorrir.
— Mas do que está rindo?
— Você ouve as conversas pela metade e tira conclusões precipitadas.
— Me explica, então.
— Há mais ou menos um mês, eu conversei com essa amiga e ela me sugeriu
que nós dois viajássemos sozinhos, como se fosse uma lua—de—mel que não
tivemos. Na época eu disse que nosso filho era muito pequeno e que não estava
preparada para me separar dele, entendeu? Quando eu estava falando de separação,
eu estava falando de mim e de Trunks, seu bobo.
— E o advogado?
— Que advogado? Era só um amigo dessa minha amiga, ele trabalha numa
agência de turismo, ele só estava dando dicas de quais lugares seria bom irmos.
E antes que você me pergunte, as malas eram para nós dois.
— Por que não falou isso antes?
— Eu queria te fazer uma surpresa. Eu marquei a viagem para amanhã.
— Eu estou me sentindo...
— Um bobo.
— Um verme inútil.
— Não se sinta assim, eu fiquei feliz de saber que você se preocupa
comigo, eu achava que não, sei lá, estava tudo muito confuso.
— Bulma eu...
— Não precisa falar nada se não quiser.
— Eu preciso falar... eu tive medo de você perder você e nosso filho.
— Esquece... você nunca vai nos perder, sabe por quê? Por que nós te
amamos muito e esse amor é eterno.
E naquele momento se amaram.
Até a próxima. Beijos!
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