Mais uma fanfic, essa é para quem curte Criminal Minds e o casal Spencer e Maeve (Raeve). Eu adoro os dois, tiveram uma história linda, apesar do final trágico. Aqui vai minha contribuição.
Como todos sabem, mas tenho que reforçar, Criminal Minds e seus personagens não me pertencem. E essa história foi escrita sem a finalidade de lucrativa. Algumas frases retirei do filme Titanic e PS: Eu te amo. Ambos também não me pertencem.
Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que
mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la".
(Autor Desconhecido)
Era madrugada e Reid
mais uma vez acordava apavorado, estava tão suado, que o suor brilhava em sua
testa, descendo por todo seu rosto. Era o mesmo sonho outra vez, só que este
parecia tão real que era quase palpável. Ele vivia na obscuridade desde que ela
se fora, e sentia que sua vida fora embora junto com a dela. Ele era somente
mais um corpo que vagava entre os vivos.
Ele estava trabalhando
em um caso, mas mal sabia em que caso era, em que cidade estava, não era que
não se lembrasse, mas que aquilo, naquele momento, não importava para ele. Na
verdade, nada importava.
Por que a vida teve que
ser tão injusta com ele? Como pode tê-la levado e tê-lo deixado para sofrer.
Ele olhou para a
cabeceira e viu um vidro de remédio, imediatamente pegou três pílulas e tomou
todas de uma vez e em seguida tomou um copo d’água que estava do lado. Tudo que
ele queria era voltar a dormir e aqueles comprimidos adiantariam.
Reid não sabia ao certo
se queria sonhar com ela ou não, pois se sonhasse não queria acordar mais. Mas
se sonhasse e acordasse e visse que ela não estava ao seu lado, aquilo magoaria
ainda mais seu coração que já estava partido, pois a primeira coisa que ele
fazia quando acordava, era sentir saudade dela.
***
- Acorda, garotão!
Aquela voz era
conhecida, era Morgan o acordando, já que ele havia dormido demais e estava
atrasado. Reid levantou de supetão, tomou um banho rapidamente e vestiu-se com
qualquer roupa. Quando chegou à delegacia, achou que Hotch lhe daria uma bronca
daquelas, mas não. Ele só o chamou para discutir o caso, e nem tocou no assunto.
Hotch também perdeu seu grande amor e quem melhor do que ele para entender o
que se passava com o garoto gênio.
Todos dizem que o tempo
é o melhor remédio, só que não cura tudo, ainda ficam cicatrizes, cicatrizes
que machucam muito, destrói e corrói tudo que você tem por dentro. Foi assim
com Hotch quando perdeu Haley, e está sendo assim com Reid que acabou de perder
Maeve.
Reid sentou-se à mesa
de reuniões com uma pasta nas mãos e mais uma vez perdeu-se em seus
pensamentos. A temperatura ambiente marcava 18º C, parecia que o frio perseguia
Reid e aquele temperatura trazia mais lembranças dela, por alguns segundos ele
se desligava do mundo e imaginava estarem numa cabana longe da cidade, no meio
da floresta, com uma lareira acesa e ambos abraçados sentados num grosso e
felpudo tapete em frente ao fogo, se aquecendo do frio. O único som que
ouviriam seriam o pio das corujas e algumas trovoadas ao longe. Não demoraria
muito, eles estariam se beijando e logo mais se amando.
Reid estava totalmente
entregue as suas fantasias, quando mais uma vez era chamado de volta ao mundo
real, era JJ lhe lembrando da tarefa que Hotch havia acabado de passar para
ele. Aquele dia estava sendo longo e estava torturando Spencer, ele tentava ao
máximo se concentrar no caso, mas sempre era levado a pensar nela. Tudo que ele
precisava era de uma anestesia, só que era uma anestesia na sua alma, no seu
coração, para que ele não sentisse tamanha dor que estava sentindo.
Reid se perguntava o
tempo todo como poderia aguentar aquilo tudo, escutava a risada dela e provava
suas próprias lágrimas, ele sentia que lentamente enlouqueceria, aquela dor já
estava insuportável. Ele não aguentaria mais senti-la. Seus amigos diziam que
ele suportaria aquilo tudo, porém como diria William Shakespeare, Todo mundo é
capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.
***
Spencer voltava para
casa depois de resolver um caso e mais uma vez a solidão tomava conta. Ele se
jogou no sofá e viu várias correspondências acumuladas em cima da mesa de
centro, desde que ela se fora, ele nunca mais tinha olhado suas
correspondências, mas alguma coisa dentro dele, pediu que ele olhasse. Ele foi
passando uma a uma as correspondências, e eram somente boletos de contas a
pagar, cupons promocionais, assinatura de periódicos, mas um envelope o chamou
a atenção. Ele era branco, perfumado, porém não tinha remetente, mas estava
endereçado a Spencer Reid.
Ele foi abrindo lentamente
e quase não acreditou quando viu quem era o remetente:
“Spencer,
Se
está recebendo essa carta, é por que alguma coisa grave aconteceu comigo e eu
não tive a oportunidade de ter falado tudo que tinha para falar. Por isso só
tenho uma coisa para te dizer: não é para se lembrar de mim sempre, eu não
quero que sofra por mim, você pode muito bem se cuidar sozinho, eu acredito
nisso. Eu só queria te dizer o quanto você mexeu comigo, como você me ajudou me
amando, e o pouco tempo que estivemos juntos, você me fez a mulher mais feliz,
como nunca imaginei ser em toda minha vida e eu sou eternamente grata por isso,
Spencer.
Se
pode me prometer alguma coisa, prometa que sempre que se sentir triste ou
inseguro ou perder completamente a fé, vai tentar olhar para si mesmo com meus
olhos, me prometa que não vai desistir, não importa o que aconteça e por mais
desesperador possa parecer. Eu te agradeço, Spencer, te agradeço pela honra de
ter sido amada por você e me sinto muito sortuda por ter tido essa honra. Você
foi minha vida, Spencer, mas eu fui apenas um capítulo da sua. Portanto aqui
vai meu grande conselho: não tenha medo de se apaixonar de novo. Viva sua vida
e seja feliz.
Com
amor,
Maeve
PS:
eu sempre vou te amar”
Reid caiu em lágrimas,
ele soluçava alto, enquanto relia várias vezes a carta.
- Eu prometo, meu
amor... eu prometo – dizia para si mesmo alto.
“O tempo passa e o amor fortalece,
as lágrimas caem no olhar de quem perdeu o que mais amava”
José Victorino Ferreira
Espero que tenham curtido, até a próxima. Beijão!
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